Primavera
Era o relaxante som lá de fora
Trazendo a vida de volta agora
Tentando ganhar mais atenção
Do que tua voz, doce canção
Eram os clarões no céu ritmados
Riscavam quão poemas rimados
Mas não conseguiam me encantar
Mais que o brilho do teu olhar
A natureza em festa e flor
Curvava-se a este ser encantador
É uma amostra
Do que se sucedera
Naquela nossa
Última primavera
Não se sabe, se a última delas
O ritmado som lá de fora
Fazendo bem ao chão agora
Talvez ganhe espaço e jeito
Mais que o som deste frio peito
Os clarões no céu em trilho
Parecem roubar todo o brilho
Destes olhos já lacrimejantes
Desta minh’alma tão errante
Na minha natureza resta a dor
O desencanto, ausência de cor
Talvez uma amostra triste
Da primavera que virá
Ou da que não mais existe
Ou sempre assim existirá
Quem sabe, no verão florescerá
JD Gabriel
Cacoal – RO, 16/09/2011
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la.
ResponderExcluirEsta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
(Cecília Meireles)
Parabéns Poeta, sucessos sempre.
Olá Marcia
ResponderExcluirSou imensamente grato por enriqueceres este espaço...
E esta citação de Cecília Meireles é perfeita para completar "as Primaveras".
Poetisa, que Deus permita que a inspiração seja sempre presente em sua vida.
Sucesso.