quinta-feira, 3 de maio de 2012

FIM DOS TEMPOS!?


"A toda custa, gastem o tempo que for, continuam afirmando,
A todo vento, aos quatro cantos, sem que disso se cansem,
Numa frágil presença, num dúbio querer de seguir amando,
Sem vislumbrar suave música, para que as almas dancem."

FIM DOS TEMPOS!?


São as borboletas que se entregam nos braços do vento,
Bem sabem, para todas elas jamais existirá um amanhã.
O breve durar de suas vidas, pra nossa é só momento,
Em não se vivendo intensamente, eis que também é vã.  

Em qualquer fase, em toda parte, só pra juntar pérolas.
E vão-se os dias, e assim vão-se os pares, e tudo em vão.
Como saciar a sede do ser marinho, ou do de auréolas.
Como libertar das algemas, uma pobre vida já na prisão.

Da vida breve, dos tesouros escondidos, das conquistas,
Da falta de ideal, da louca falta d’um novo ar pra respirar.
Da miserável ideia de todo fim bem diante de nossas vistas,
Da crença no imediatismo trágico, do tempo para expirar.

A toda custa, gastem o tempo que for, continuam afirmando,
A todo vento, aos quatro cantos, sem que disso se cansem,
Numa frágil presença, num dúbio querer de seguir amando,
Sem vislumbrar suave música, para que as almas dancem.

Há se pudesse vir, força tão intensa capaz de parar o tempo.
Ultrapassar toda fronteira, do que consideram impossível...
E sopro divino, não permitindo cederem ao acolhimento,
Num átimo, convencerem-se do que há tanto, se fazia visível.

JD Gabriel
Cacoal-RO, 03 de maio de 2012.

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