terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ENCONTROS NOS DESENCONTROS


A saudade sorriu-me, cantando vitória,
Acostumada sempre à mesma história,
As lágrimas, nem hesitou em devolver-me,
E imaginando outro sabor, pude conter-me.




 ENCONTROS NOS DESENCONTROS

Vejamos que da vida de correrias
Muito se surpreende com ironias,
Ouvir dizer que nos desencontros,
Podem ocorrer também encontros.

É que, sem opção, abracei a saudade,
Tão cedo voltava plena de maldade,
Ela aceitou o meu convite pra beber.
E eu? O que poderia lhe oferecer?

Deveria ser algo para atenuar fúrias...
Além da partilha das minhas lamúrias.
Duas taças transbordantes, somente,
Havia, de solidão, destilada cruelmente.
                                                                                        
Cruel foi o encontro. Embriagamo-nos.
Pra seguir a regra, confessamo-nos,
Entre tantas doses de amarga ausência,
Silenciosamente, nos becos da essência.

Valia explicar, pisando em terreno hostil,
E já ignorado, nos desejos d’um ser viril,
Que era outra a minha bebida predileta?
Que esse tal destino abruptamente deleta?

A saudade sorriu-me, cantando vitória,
Acostumada sempre à mesma história,
As lágrimas, nem hesitou em devolver-me,
E imaginando outro sabor, pude conter-me.

Como pressenti, contou vitória antes da hora,
Enfim, minha suave bebida, esperava ali fora!
Ficar num só espaço, mais de um ser não deve,
Porém, se despediu num olhar de até breve.

JD Gabriel,
Cacoal-RO, 18 de dezembro de 2012.

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